O Jogada Ensaiada desta segunda-feira, 1º de dezembro, recebeu o centroavante Pedro Perotti, natural de Rodeio Bonito, que integrou o elenco da Chapecoense no acesso à Série A do Campeonato Brasileiro de 2026. O jogador falou sobre sua trajetória no clube, experiências no exterior e os principais momentos da campanha. Perotti avaliou o acesso como “missão cumprida”. Segundo ele, a meta inicial era evitar o rebaixamento e permanecer entre os dez primeiros colocados, mas internamente o grupo tratava o acesso como um objetivo possível devido à união do elenco.
Chegada na Chape e tragédia aérea de 2016
Ao comentar sua chegada à Chapecoense na metade da temporada, o atacante afirmou que encontrou a equipe bem posicionada na tabela. Disse que a confiança cresceu jogo a jogo e que sua participação fez parte de um esforço coletivo: “A instituição Chapecoense estava à frente de cada jogador”.
Sobre a tragédia aérea de 2016, Perotti relatou que vivia o início da carreira profissional no clube naquele período. Ele afirmou que o episódio marcou a história da Chapecoense e exigiu um longo processo de recuperação financeira, emocional e estrutural.
O atacante destacou que os jogadores que chegam ao clube conhecem o peso da camisa, mas observou que o impacto emocional da tragédia é menor para os atletas que não vivenciaram o momento. Com o passar dos anos, afirmou, o ambiente foi retomando a normalidade, sem perder o respeito pela história do clube.
Perotti citou como momentos importantes da campanha o empate contra o Remo, com gol no final, e a vitória por 3 a 1 sobre o Goiás, fora de casa. Ele ressaltou, porém, que a regularidade da equipe foi o principal fator para o acesso.
Passagens, aprendizados, dificuldades e muitos gols
O jogador também relembrou sua passagem por Portugal, Japão e Polônia. Disse que, apesar de poucos minutos em campo no Nacional da Madeira, o período foi de aprendizado. No Japão, destacou a adaptação cultural e a temporada marcada por lesões. Na Polônia, comentou as dificuldades do clima e o fortalecimento de sua vida pessoal. Sobre a temporada de 2021, quando marcou 15 gols em 18 partidas do Campeonato Catarinense, Perotti avaliou que foi seu melhor momento em números, embora não considere aquele seu melhor ano em termos gerais. Com 48 gols pela Chapecoense, afirmou que vários jogos foram decisivos ao longo da carreira, seja para evitar rebaixamentos, conquistar títulos ou assegurar premiações ao clube.
Ao tratar da adaptação em outros países, disse que o processo demanda tempo, especialmente em relação ao clima, mas que a alimentação não costuma ser um problema. Avaliou que suas experiências internacionais contribuíram para sua formação pessoal e profissional. Para 2026, Perotti afirmou que pretende superar seus números de 2021, ter uma temporada sem lesões e “deixar as coisas acontecerem naturalmente”, disse o atacante.
Assista o Jogada Ensaiada desta segunda-feira, 1º de dezembro
