O vocalista Ozzy Osbourne morreu na terça-feira, 22, aos 76 anos, em Birmingham, no Reino Unido. O artista enfrentava sérios problemas de saúde nos últimos anos, incluindo o diagnóstico de Parkinson em 2019, e estava afastado dos palcos desde 2018. Ozzy faleceu cercado pela família, conforme informou um comunicado oficial. A causa da morte não foi revelada.
Considerado por muitos como o pai do heavy metal, Ozzy ganhou notoriedade nos anos 1970 como vocalista do Black Sabbath, grupo que redefiniu o gênero com álbuns como Paranoid e Master of Reality. Após deixar a banda, consolidou uma carreira solo de sucesso com músicas como Crazy Train e Mr. Crowley. Ao longo da trajetória, acumulou prêmios e recordes, mas também polêmicas, combinação que contribuiu para sua fama de figura excêntrica e imprevisível no mundo da música. Nos anos 2000, alcançou um novo público com o reality show The Osbournes, que mostrava seu cotidiano em família.
Carlos Trelles, sócio da Agência Holy, publicitário e "metaleiro" de coração, teve a oportunidade de ver o astro do rock de perto. Carlos conheceu Ozzy Osbourne em 1992, ainda na infância, ao assistir pela primeira vez o clipe de "Iron Man", do Black Sabbath, no programa Fúria Metal, da MTV. Essa ligação se fortaleceu ao longo dos anos, alcançando seu ápice na memorável apresentação do Black Sabbath em Porto Alegre, em 2013. Mais do que um ícone do heavy metal, Ozzy é uma inspiração. “Foi uma honra ter visto ele no palco, algo que ficará para sempre em minha memória”, resume Carlos Trelles sobre a apresentação histórica que presenciou.
Sua última apresentação no Rio Grande do Sul aconteceu em 2015, em Porto Alegre, durante a turnê “No More Tours”. Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, Ozzy Osbourne ajudou a moldar o som e a estética do metal, deixando um legado eterno na história da música.
Despedida histórica
Duas semanas antes de sua morte, em sua despedida oficial do público, o “Príncipe das Trevas” participou de um festival beneficente em sua cidade natal, um reencontro memorável da banda Black Sabbath, ao lado de bandas como Metallica, Slayer e outros grandes nomes do rock. A venda de ingressos para a apresentação do grupo arrecadou mais de US$ 200 milhões, destinados para instituições como o Hospital Infantil de Birmingham, o Abrigo Infantil Acorn e a entidade Cure Parkinson’s, alcançando a marca de maior show humanitário da história.